segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Preconceito: um vilão escondido dentro de nós

Preconceito: um vilão escondido dentro de nós


Hoje estava tomando café da manhã e assistindo o Jornal do SBT Manhã quando começou uma reportagem do Roberto Cabrini sobre preconceito racial. Tema polêmico e muito doloroso para quem já sofreu na pele. Mas afinal: somos ou não racistas?
Segundo o Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos " Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade." Linda declaração universal, PORÉM o preconceito e a discriminação ainda flagelam a humanidade. Um dos motivos é que o ser humano foi formado em imperfeições " Eis que em iniquidade fui formado, em pecado me concebeu minha mãe." (Salmo 51:5).
Sendo assim uma coisa é certa: talvez não consigamos eliminar a discriminação ao nosso redor, mas podemos acabar com os preconceitos que em nós mesmos talvez tenhamos.
Encontrei um artigo na web que achei interessante, ele cita o livro Understanding Prejudice and Discrimination (Entendendo o Preconceito e a Discriminação) que diz:

" Ao pesquisar o preconceito, estas talvez sejam as conclusões mais importantes: (1) todos os dotados de raciocínio e fala podem nutrir preconceitos, (2) geralmente é preciso um esforço consciente para diminuir o preconceito e (3) é possível fazer isso, desde que haja motivação"

Eu acredito que uma base cristã e uma educação eficiente podemos expor as causas do preconceito e levar pessoas, principalmente crianças que estão em formação, a examinarem as próprias atitudes deixando os preconceitos de lado  e ajudar a reagir com sabedoria quando somos as vítimas. 
Um abraço fraternal desta que depois de tanto tempo resolveu expor as idéias armazenadas como um rio de correntes bravas. Até a próxima.
ELAINE VICENTE

Para saber mais acesse:



terça-feira, 14 de maio de 2013

Porque misturar escola com religião é ilegal?






Nos idos anos de 1824 quando vivíamos uma Monarquia, oficialmente o Brasil era um País Católico. 67 anos se passaram e em 1891 houve mudanças de regime com a promulgação da Constituição Republicana e o Estado tornava-se laico, separando a Igreja das decisões a serem tomadas.
Segundo Débora Diniz, antropóloga da Universidade Católica de Brasília “Laicidade é um dispositivo do Estado Democrático. É o Estado que vai dizer que não há nenhuma religião oficial que guia as minhas Leis, o meu funcionamento de justiça e os acessos dos direitos.” Mesmo assim o ensino religioso é constante e “obrigatório” na maioria das Escolas Publicas onde o aluno tem que rezar, literalmente para passar de ano. Um levantamento feito pelo portal Qedu.org.br (iniciando da questão nº 204), a partir de dados do questionário da Prova Brasil 2011, do Ministério da Educação, mostra que em 51% dos colégios há o costume de se fazer orações ou se cantar músicas religiosas. Apesar de contrariar a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) que segundo a qual o ensino religioso é facultativo, 49% dos diretores entrevistados admitiram que a presença nas aulas dessa disciplina é obrigatória. Para completar, em 79% das escolas não há atividades alternativas para estudantes que não queiram assistir às aulas.
A pesquisa da antropóloga revela ainda que em 4 Estados (Acre, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia), o Ensino religioso é Confessional onde a doutrina de uma determinada religião é ensinada pelos próprios religiosos.21 Estados e o Distrito Federal promovem o Ensino Interconfessional que busca valores e práticas religiosas em comum e apenas em São Paulo há o Ensino da História das Religiões. Para a pesquisadora há distorções no sistema educacional, pois se faz necessária a pergunta: nas escolas o ensino serve para converter alguém a uma determinada crença? A LDB responde que não.
A tese da antropóloga chamou a atenção da subprocuradora-geral da República Deborah Duprat que decidiu levar a questão ao Superior Tribunal Federa. Ela também acha que as Leis como estão hoje, induzem ao ensino de determinadas religiões. Na ação ela cita o artigo 210 da Constituição e um acordo do governo brasileiro com o Vaticano em 2008 estabelecendo que “o ensino Católico e de outras confissões religiosas constituem disciplina normal nas Escolas Públicas, assegurado o respeito à diversidade religiosa”. Ela argumenta que isso apontaria a adoção do Catolicismo e de outros credos em afronta ao ensino laico.A polêmica chegou à ONU no ano de 2011, através de um relatório apresentado no Conselho de Direitos Humanos alertando a ocorrência de casos de intolerância religiosa e racismo em escolas de pelo menos 11 Estados brasileiros.
O MEC alega que as religiões devem ser parte do conhecimento dos estudantes, mas que qualquer  ato discriminatório, que desrespeite o princípio do Estado laico, deve ser denunciado ao Conselho Nacional de Educação e ao Ministério Público.
Nós entendemos que o ensinar religião na escola é ilegal e contraria as Leis e o Estado laico. Porém diante do parágrafo 1º do Art. 210 da Constituição Federal, o Ensino Religioso deve ser ministrado em horário normal com participação facultativa. Desta forma que seja imparcial, ético e baseado nas histórias das religiões e não em suas crenças e costumes, visando sempre a convivência pacífica das diversas religiões existentes no País. Porém é necessário encontrar atividades alternativas aos estudantes que não querem participar destas aulas. 

 Para saber mais recomendamos a Série de 5 vídeos (Globo News):
Vídeo:

Fontes:




terça-feira, 26 de março de 2013

A Humanização da Pedagogia na Perspectiva Freiriana



                                                        http://dalvanice.blogspot.com/2012/07/o-professor-nao-pode-estar-so-parcerias.html
            As questões concernentes às relações entre educação escolar, cultura, heterogeneidade e diversidade cultural são complexas e afetam diretamente a práxis usada em sala de aula, e esta afeta eternamente os educandos. Quando buscamos estudar os pensamentos de Paulo Freire, observamos que eles não têm a pretensão de ser “receitas prontas de como lecionar” nem tão pouco tornar mais rápidos e acessíveis os aprendizados, mas nos apresenta orientações de como formular um currículo multicultural não envolvendo apenas a introdução de determinadas práticas, acrescentar temas, autores, celebrações, agregar alguns conteúdos, etc.
            Visa sim, um fazer educativo que, entrelaça os componentes pedagógicos, políticos e éticos da educação. Agrega leitura de mundo à leitura da palavra e, por isso auxilia o educador a ler o contexto em que vive utilizando seus saberes para transformá-lo em um ato de se desconstruir-se de velhas práticas e métodos que não têm mais significâncias em um mundo globalizado, onde a informação encontra-se a disposição de todas as idades, mas falta alguém para guiar até as fontes confiáveis baseadas na ciência, um provocador que os faça buscar as verdades escondidas atrás das notícias sensacionalistas da mídia. Fala de assumir uma postura de aprendiz onde nunca somos e sim estamos sendo formados, onde necessário se faz uma releitura da própria visão de educação.
            Segundo a Ontologia “Freireana” somos seres INCOMPLETOS, pois precisamos uns dos outros, INCONCLUSOS, pois estamos em transformação, em movimento, em evolução e INACABADOS, pois somos imperfeitos. Sob esta ótica chegamos a conclusão de que estamos em um momento crucial onde é indispensável para todo educador e todos aqueles envolvidos na educação de crianças, desenvolver um novo olhar, uma nova ótica, uma sensibilidade diferente da que estamos acostumados e acomodados pois a visão monocultural está intimamente unida à educação escolar sendo-lhe peculiar.
            Assim, questionar, e desestabilizar essa realidade constitui um passo fundamental. No entanto, reinventar o ato de educar não é tarefa fácil, exige persistência, vontade política, diálogo não apenas entre os agentes da educação, mas de toda a sociedade na essência da democracia, baseada em igualdades e diferenças do Brasil multicultural em que vivemos.
            Este vídeo do Youtube, produzido pela UNIVESP, nos apresenta as influências filosóficas que dão base ao pensamento de Paulo Freire.
                                                       http://youtu.be/c0qEP5cIp_o

domingo, 10 de março de 2013

Refletindo: Qual o valor do estágio?


                                                 http://hplcurriculos.blogspot.com.br/2011/12/10-dicas-para-o-primeiro-dia-no-estagio.html

           O estágio é antes de tudo o momento em que se pode  coligir a teoria que obtivemos durante o curso e a prática em sala de aula que é um momento deveras gratificante e edificante, pois é o momento de aprender através da observação de situações reais da vida e tirar dúvidas com o profissional atuante e aprender o que, sem a prática, é impossível saber.
            Cada futuro professor deve buscar sua formação teórica através de muita leitura e um bom levantamento bibliográfico. Por crer desta maneira postamos abaixo dois links a fim de podemos refletir sobre o assunto. O primeiro texto nos instiga a buscar conhecimentos mais profundos sobre nosso conceito de criança, pois a concepção de criança que temos em mente influenciará a nossa práxis. O texto cita cinco formas de concepção de crianças. Cabe a cada estudante buscar na literatura estudos realizados e se posicionar ante a profissão que escolhemos, sabendo que nossa prática pedagogia influenciará toda uma sociedade, pois estamos formando o futuro tendo consciência ou não deste ato.
            Já o segundo texto nos leva a reconhecer a importância dos movimentos para as crianças, pois a psicomotricidade tem como seu objeto de trabalho o corpo em movimento e visa o desenvolvimento global (físico, afetivo e cognitivo). Entendemos também que são elementos básicos da psicomotricidade os esquemas corporais, estruturação espacial, lateralidade, orientação temporal e pré-escrita que trazem uma contribuição fundamental na construção da aprendizagem contradizendo o que outrora era lei: em sala de aula devemos ficar sentados, enfileirados e quietos para um bom aprendizado.
            Após a leitura dos dois textos, somos instigados a buscar mais conhecimento sobre a concepção de criança/infância como na área de psicomotricidade, pois o homem se expressa através de seu corpo em movimentos desde a mais tenra idade e como futuros professores devemos observar mais atentamente as crianças em sala de aula e no recreio, pois o corpo fala e vários teóricos nos apresentam jogos e brincadeiras onde os pequenos podem desenvolver-se na integra e felizes.
            Durante o curso e primordialmente durante toda a carreira como professores, devemos valorizar leituras que ajudem na composição e estruturação da práxis em sala de aula. É através de muita leitura e as aulas assistidas que ao chegar o período de estágio obrigatório podemos entender a dinâmica de uma escola, pois esta tem uma linguagem própria. O diálogo com os professores e gestores é muito proveitoso e sem eles não é possível assumir uma sala de aula. As aulas na nossa Universidade Metodista são maravilhosas, pois quando vamos aos estágios temos muito bem fundamentado o falar, o que fazer e quando, acreditem, nos calar.

Referências: